Viagens

DICAS DE MENDOZA – ARGENTINA

5 de julho de 2017

Vocês sabem que adoro vinho !!! Dia 10 de junho Renato e eu mais um casal de amigos ( Pádua e Heloisa) fomos para Mendoza, que é capital e maior cidade da província de Mendoza, na Argentina. Ela fica nas bordas da Cordilheira dos Andes e é um grande pólo de produção de vinho e azeite, quem diria eles tem belíssimos azeites também.

Ficamos uma semana e todos os dia fomos conhecer vinícolas, claro, ahahahahahahah

Apenas um dia ficamos sem vinícola e fomos conhecer o pico Aconcágua, mas tomamos vinho mesmo assim ahahahhahahahha.

Pra viajar escolhi uma roupa confortável, porque de apertado já chega o avião… Calça de plush da Renner, tenis Zara, camiseta de lista Renner , casaco Riachuelo e bolsa Zara ( está eu ganhei da minha nora que me trouxe da Europa, linda né????).

Mas vamos pelo começo, ficamos no Hotel Diplomatic, que é um hotel 5 estrelas, super bem localizado e muito gostoso, se quiser ver clique AQUI. Nosso quarto era o “canto de montanha”, com vista linda pela janelas que pareciam quadros enormes.

Demais de lindo e acordar com esta vista !!!!

Comprei a passagem e a reserva do hotel através da Latam, tínhamos pontos e conseguimos trocar por passagem e hotel, pagando uma diferença pequena e facilitada em 10 vezes…

Há voos diretos pela Gol, mas além de ir domingo e voltar domingo, a gente prefere chegar sábado para poder descansar, não daria para usar a milhagem 

Passagem comprada, hotel reservado, e como bebida e direção não combinam, mesmo adorando dirigir, decidimos que era melhor contratar um remis, que é um carro com motorista. Pesquisando vários serviços escolhemos o Federico da Mendoza Viagens, veja AQUI .

Contactei por email e depois pelo whats App (claro que depois de muita negociação) acertamos o valor para todos passeios e fizemos com ele, em uma Amarok, para ficarmos mais confortáveis, já que éramos 4 ( 2 casais) .

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Ele é muito amável e sempre está pronto a ajudar no que necessitarmos, até trocar dólar por peso ele trocava. Dia dos namorados, ao sairmos de um restaurante, ele havia comprado rosas vermelha para nossos maridos nos darem, muito fofo!!!

Chegando o hotel nos indicou um restaurante muito bom, gostoso e pertinho, o La Lucia. Veja AQUI, nós fomos no da Av. Sarmiento.

No domingo, dia 11, cedinho (8h30), pontualmente Federico, passava nos pegar. Fomos nas primeira vinícolas que seriam no Vale do Uco, a região de vinhos mais distante, mas que vale muito a pena.

Olha como o saguão do hotel é lindo!!! Meu look foi calça xadrez e camisa branca da Renner, cashmere antiguinha comprada em uma viagem, casaco e a bolsa que adorei da Zara….

A degustação foi na Vinícola O. Fournier,( não pagamos a visitação porque compramos vinhos) marcada as 10h.

Depois de degustar e comprar algum vinho, fomos para a próxima, que desta vez seria almoço harmonizado com vinho, a  Vinícola Andeluna.

É interessante saber que de Mendoza para o Brasil, pode levar vinho em sacola ou em caixa na mão. Então além dos 23 kg por bagagem ( 1 bagagem por pessoa)  que você despacha, você pode colocar na mala de mão mais vinhos, desde que não ultrapasse 8 kg, além de poder levar 1 sacola com vinho ( no máximo 4 garrafas).

Você pode levar até 12 litros por pessoa de vinho, ou seja 16 garrafas, mesmo que passe o peso da cota, lá é tão mais barato que vale a pena pagar o excesso. Nós trouxemos ao todo ( Renato e eu) 18 garrafas, mais azeite e outras coisinhas que a gente não resiste, ahahahhaahaah. Não precisamos pagar excesso, se passa um pouquinho eles permitem…

Chegando na Andeluna, que tem uma vista maravilhosa, aguardamos enquanto tirávamos fotos, nossa mesa. O cardápio era um menu 6 “pasos” (888 pesos por pessoa, mais ou menos R$ 160,00).

 

Tudo muito, muito bom, mas as bombas de batatas recheadas …

Chegamos a tardezinha no hotel, fomos descansar e a noite jantar no restaurante Josefina Restô ( veja AQUI) ,  na Av. Aristides Villanueva,  avenida famosa por ter diversos restaurantes e bares .

O restaurante é bonito, o atendimento agradável, os prato bem apresentados, mas não gostamos muito da comida, talvez tivéssemos pedido errado, sei lá…

Na segunda, lá fomos nós para as vinícolas e estas, em particular, eu estava muito ansiosa porque são vinhos que aprecio muito aqui no Brasil.

Meu traje foi uma calça da Zara, bota da Shoestock, malha da Le Lis Blanc e o casaco Riachuelo.

Primeira degustação do dia foi na Pulenta Estate ( 300 pesos por pessoa a degustação, mais ou menos R$ 65,00), uma vinícola criada em 2002, mas com uma história muito antiga de vinhos e outras vinícolas. Fica em Lujan de Cuyo, assim como a Catena Zapata e Chandon que iremos a seguir.

 

Após fomos na Bodega Catena Zapata ( há vários tipo de degustação, não sei o nome da que fizemos, mas custou 300 pesos / pessoa, mais ou menos R$ 65,00). Uma moça fofa nos levou primeiro para assistir a um filme sobre a historia da vinícola, depois nos contou e nos levou para conhecer mais e por fim fomos à uma sala para degustação e acreditem em cada uma delas a gente aprendia sempre mais um pouco de como apreciar um vinho.

De lá fomos para uma almoço com degustação na Chandon ( 925 pesos por pessoa, mais ou menos R$ 200,00).

Dica do chef, estava mto bom...

Dica do chef, estava mto bom…

Depois de tudo isto, so um chá mesmo ....

Depois de tudo isto, so um chá mesmo ….

Os espumantes que acompanharam no aperitivo e na entrada: Chandon Brut Nature Rosé, no prato principal o “ojo de bife” ( que estava de comer de joelhos) foi: Chandon Cuvée Reserve Pinot Noir e com a sobremesa o Chandon Délice, que não vende no Brasil e ele deve ser tomado com gelo, podendo colocar junto manjericão, pepino ou casca de laranja, experimentei e fica muito bom 

Depois só indo para o hotel descansar haahhahaha.

A noite eu havia feito reserva no restaurante mais famoso de Mendoza o 1884, do chef Francis Mallmann, afinal era dia 12, dia dos namorados e o restaurante é muito romântico e aconchegante.

Francis Mallmann é o mais famoso chef argentino no mundo, com restaurantes em Buenos Aires, na Patagônia e no Uruguai. O nome vem da data de fundação da Escorihuela Gascón, vinícola histórica de Mendoza, onde está localizado. Aberto em 1998, foi o primeiro a funcionar dentro uma bodega em Mendoza.

Eu gostei muito do prato, confesso que não consegui comer tudo, é muiiiita comida , mas tentei. Não achamos o melhor restaurante, achei muito bonito, mas a comida, por ser um prato famoso esperava mais. O atendimento infelizmente o garçom que nos atendeu era muito confuso, tinha muita dificuldade em nos entender, e posso reclamar porque desta semana em Mendoza foi o único, os outros sempre nos entendiam e nos ajudavam muito bem.

Mas de qualquer modo acho que vale a pena ir sim! Os valores são altos, mas não se assuste, fica mais barato que os almoços com vinho em degustação.

Quarta-feira, dia 14, cedinho Federico pontualmente nos pega e vamos novamente para Lujan de Cuyo, so que visitar Viña Cobos, Terraza de Los Andes e almoço com degustação na vinícola Ruca Málen.

Amamos o vinho e a degustação da vinícola Viña Cobos, foi muito boa, gostamos muito dos vinhos da Pulenta e Catena Zapata,  mas a linha Bramare da Viña Cobos é muiiiito boa. A degustação você escolhe os vinhos que decide provar, de acordo com o cardápio deles e claro cada um tem seus valores dependendo da escolha do vinho, os valores vão de 270 pesos até 1800 pesos, mais ou menos R$ 58,00 a R$ 390,00 ( escolhemos a degustação de 375 pesos por pessoa, a dos vinhos da linha Bramare).

Ah, este papel dobrado são os preços de vinho que estava no Brasil, hahahahahahhha, vale muito a pena trazer vinho de Mendoza, as vezes é um terço do preço, ou pelo menos metade. Estes vinhos que provamos no Brasil custam R$ 689,00, em Mendoza sai em torno de R$ 320,00. E prestem atenção, nem sempre na vinícola é mais barato, vale a pena quando eles descontam o valor da visita, enfim sempre precisa fazer contas. Tem uma casa de vinho que se você levar mais de 6 garrafas, eles dão 20% de desconto, então o melhor é ver os valores lá antes e comparar com as vinícolas. Chama  Sol & Vino , fica na Av. Sarmiento, 664, perto da Plaza Independência e do Hotel que ficamos.

A vinícola estava ampliando, com uma arquitetura moderna, estava ficando muito linda e sofisticada.

 

Saindo da Viña Cobos, fomos para a vinícola Terrazas de Los Andes ( 170 pesos por pessoa a degustação, mais ou menos R$ 37,00), que faz parte do Grupo LVMH, Louis Vuiton, que também tem a Chandon e a Cheval des Andes, entre tantas outras marcas.

Vinhos provados

 

Ouvindo explicações …

 

Sala de degustação da Terrazas, olha que interessante os banquinhos de inox, que ficam guardados como gavetas.

Agora a última do dia é o almoço com degustação na vinícola Ruca Malen. O menu que eles apresentam procura transmitir consciência através do uso sustentável dos recursos à nossa disposição.

Em cada passo, ao servir, eles informam o que vamos comer , o vinho e o porque. Pra não ficar tão longo, só vou citar o primeiro passo, que é o cuidado com a água. Foi servido Milho Branco, quinua cítrica e folhas de oralis, é servido em colheres ( uma para cada um) e em cima de uma pedra. Muito gostoso.

Muito bem apresentado e muito refrescante, gostei bastante

O vinho de acompanhamento foi Yauquen Chardonay 2017, novíssimo, nem está no mercado para a venda ainda. 100% chardonay, origem de Tupungato, vinhedos localizados a 1100 metros de altura.

Eles descrevem que: enfatizaram o frescor do cereal que complementa a acidez do nosso novo chardonay. Seus aromas de frutas cítricas e flores brancas são refletidos nas ervas.

Em cada passo tem toda esta descrição, mas vamos aos outros:

E claro tudo vinha muito explicado , assim como mostrei no primeiro.

Gente neste quarto passo o “seso”, é cérebro, eu só experimente, mas não gostei da textura e nem gosto de lembrar que comi, ahahahhahaha

Esta sobremesa é beterraba, abóbora e queijo harmonizado com coquetel de vinho torrentes. Gostoso e muito interessante

Terminamos com café e chá. Ah, este menu degustação custou 1320 pesos por pessoa, mais ou menos R$ 285,00 por pessoa.

A noite fomos jantar no Francesco Barbera Ristorante veja AQUI, uma delícia de restaurante italiano, excelente atendimento e comida deliciosa.

Três tipos de massas, todas deliciosas

Na quarta dia 14, fomos para Maipú, a programação foi Olivícola Laur, ( visitação e degustação 235 pesos / pessoa, mais ou menos R$ 50,00) vinícola Trapiche ( visitação e degustação 500 pesos / pessoa, mais ou menos R$ 108,00) e almoço com degustação na vinícola Família Zuccardi ( almoço 1078 pesos / pessoa, mais ou menos R$ 235,00).

Me surpreendeu a Argentina ter bons azeites e várias olivícolas,  foi bem interessante nossa visita, a Laur além do azeite esta fazendo aceto balsâmico, o Millan, excelente qualidade.

Após, fomos até a Trapiche ( degustação 500 pesos por pessoa, mais ou menos R$108,00) , acho que a maior vinícola de Mendoza, muito bonita, organizada, mas muito comercial, mas sempre vale a pena conhecer.

 

Eu nas oliveiras

Depois fomos para nosso almoço com degustação na Família Zuccardi ( 1078 pesos o almoço com degustação de vinho por pessoa, mais ou menos R$ 233,00). Melhor empanada, o lugar é muito bonito, mas o churrasco, não foi o que esperávamos, pouca variação de carne, os legumes na brasa estavam divinos e a salada também.

A noite fomos jantar no restaurante bem do lado do hotel : Maria Antonieta ( quer ver clique AQUI ), simples, pequeno, mas com uma massa deliciosa, feita ali na sua frente. Como sempre está cheio é  preciso fazer reserva.

A quinta, dia 15, ficou reservada para irmos ao pico do Aconcágua, localizado na Cordilheira dos Andes e perto da divisa com o Chile. É possível ir ao Chile por esta estrada, mas precisa verificar as condições, porque as vezes ela fica interditada.

O passeio até lá é muito bonito e a estrada acompanha a antiga linha do trem. Infelizmente lá como no Brasil o trem está quase todo desativado. Imaginem como deveria ser linda a viagem  para o Chile de trem…

Olha na montanha um buraco que é onde passava o trem, parece estrada de filme de faroeste, o rio (Rio Mendoza) que acompanha também tem águas clarinhas.

Paramos para um café em Uspallata, (uma pequena cidade, que fica no meio do caminho de Mendoza ao Pico Aconcágua). Em  1997, a região serviu de cenário para a produção cinematográfica “Sete anos no Tibet” , estrelada por Brad Pitt.

Quando se chega ao pico, devido a altitude a gente fica um pouco atordoada, mas logo passa, o mal estar  varia muito de pessoa para pessoa.

Esta começando a ficar com bastante neve.

Na volta paramos em Puente Del Inca, que é um povoado argentino. Sua curiosa formação rochosa tornou-se um ponto turístico de destaque, hoje considerado uma área natural protegida na província. Em 1925, foi construído um hotel que se chamava Puente Del Inca, ele recebia personalidades muito importantes, era muito chique e cada apartamento tinha seu próprio banho termal. Em 1965, uma grande avalanche destruiu o hotel, restando apenas como que um milagre a capela, que está até hoje.

Na  volta novamente paramos em Uspallata, e almoçamos em um restaurante muito aconchegante e charmoso, comida simples mas caprichada, os próprios donos quem cuidam e fazem a comida. La Juanita, veja AQUI, vale a pena .

No fim da tarde chegamos ao hotel e fomos descansar, á noite íamos jantar no restaurante Azáfran. Infelizmente deixamos para o hotel reservar e eles fizeram confusão , reservando para um dia antes. Chegamos lá e não conseguimos jantar, vai ter que ficar para a próxima ida. Voltamos comer no La Lucia.

Sexta-feira, dia 16, saímos andar para conhecer a cidade, ela é toda plana, tem seus canais para recolher a água do desgelo e é muito arborizada, muito linda…

Ao fundo o Poder Judicial de Mendoza

Ao fundo o Poder Judicial de Mendoza

Esta bela praça, com motivos andaluzes e espanhóis, é uma homenagem à conexão histórica entre Argentina e Espanha. O colorido dos azulejos e o piso de ladrilho hidráulico a diferenciam de qualquer praça, ela é muito , muito linda.

Fomos até o Mirador Terrazas, onde se tem uma bela vista da cidade, mas foi complicado chegar até lá, porque tínhamos noção da localização, mas não sabíamos ao certo, infelizmente os Argentinos e turistas  não dão muita importância, mas é um local que vale a pena ir.

Para almoçar Federico nos pegou por volta das 14h e nos levou a Vinícola El Enemigo, o menu degustação no almoço custa 690 pesos por pessoa, mais o valor da degustação de vinhos que você pode escolher entre 225 a 1300 pesos. Ficamos com a degustação de 350 pesos, então o almoço com degustação ficou 1040 pesos por pessoa mais ou menos R$ 225,00.

Alejandro Vigil, um dos proprietários, é um enólogo que, embora produza vinhos complexos, tem como filosofia de vida descomplicar a viticultura. Sua sócia é a filha de Nicola Catena ( proprietário da Catena Zapata), Adrianna Catena.

A bodega foi projetada com inspiração na Divina Commedia, o poema épico do italiano Dante Alighieri.

O nome Casa El inimigo vem sobre superarmos nossos medos, e como Alejandro foi certo dia solicitado por Nicolas Catena para produzir um vinho, sendo que na época ele era apena engenheiro agronômo na vinícola, ele achou muito difícil, pois nunca havia feito isto. Ele percebeu que precisamos superar nossos medos para realizar nossos sonhos. Sendo assim concluiu que: o medo é nosso maior inimigo, ele nos impede muitas vezes de acreditar e fazer acontecer o que sonhamos, sendo assim nasceu  El Enemigo.

O restaurante estava cheio e há uma sala que eles chamam de Sala do Inferno, onde estão terminando de decorá-la , mas que tivemos o privilégio de sermos acomodados lá. A descida é por uma escada lindíssima em ladrilho hidráulico.

Para a entrada e sobremesa são 3 opções para escolher e para o prato principal 5, mas todos escolhemos no prato principal a famosa costela.

Tivemos a sorte de receber à nossa mesa o Alejandro Vigil, e ele autografou os vinhos que compramos.

Quer saber mais sobre El Enemigo? Entra AQUI.

Esta bodega vale muito a pena vir almoçar ou jantar.

Para finalizar o último dia, a noite fomos comer algo mais tranquilo, ali perto do hotel encerramos com pizza, na pizzaria Orégano, que é o mesmo dona do restaurante Maria Antonieta.

Sábado, dia 17, Federico nos pegou cedinho, as 4 h, nosso voo era as 6h05. Chegamos ao Brasil as 14h15, porque fizemos conexão em Buenos Aires.

O passeio para nós foi Fantástico!!! Queremos programar a próxima.

E você gostou da nossa viagem? Gostou das nossas dicas e por onde fomos? Aproveita e programa a sua!!

Beijinhos 

 

 

 

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